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sexta-feira, 27 de março de 2009

Desatino

O mundo gira
As partículas sucedem-se
Vira o dia e a noite
O lugar é sempre o mesmo
Não anda, não cede, não avança
A vida cheira a repetência,
A redundância
Cheira sempre ao mesmo por aqui
Os mesmos lugares permanecem sentados
O mesmo vão de escada,
Que não se pode subir
Vai dar a lugar nenhum
A estrada é seca, é escura.
O desatino é um apêndice podre
E tão fastiosamente tragado,
Em todos os ires e vires.
Vontades mudas que se oprimem
Perante a clivagem…
A lucidez enlouquece-me…
Não me sou…
Não me sinto…
Não me pertenço…
Não me conheço…