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terça-feira, 26 de julho de 2011

Expectativas...

Pergunto-me muitas vezes porque teimamos em nos rodear de expectativas e relação a acontecimentos, a momentos, mas principalmente em relação às pessoas que nos rodeiam. Irremediavelmente a expectativa e a desilusão andam muitas vezes de mãos dadas… Dói, mas passa e depois…tudo muda!

Não quero mais ser eu...

Sinto falta de quando o que sentia era real. Hoje estranho-me ao falar de sentimentos, quanto mais atrever-me a senti-los. Tudo me parece ridículo. Olho para dentro de mim e não vejo nada a não serem sonhos. Olho para a minha vida e só sinto vazio. Queria ser mais, Meu Deus como queria ser mais…e fazer mais… em elevar a minha voz até onde eu acho que ela nunca pode chegar. Perdi a vontade de escrever porque parece que já não consigo ser fiel a nada. Não me encontro neste emaranhado de coisas pequenas em que transformei os meus dias. Por estar cansada de lamúrias, calei-me e continuo calada. Odeio esta calma, esta submissão, esta subserviência que a minha alma encarnou, que o meu corpo agarrou e não larga. Já nem consigo sentir raiva. Parece que todas as emoções e sentimentos que eu me permitia viver com a maior intensidade possível, porventura apenas nas letras que escrevia, se desvaneceram… O único que restou é covardia, junto com o medo, fiz deles o meu mote e avanço pelas praças com cartazes apregoando a minha estupidez
Que é feito de mim e da minha coragem? Para onde foi a minha vontade, a minha audácia, as gargalhadas, a beleza da incerteza, a euforia da mudança?
Como se muda tanto? Como é que a vida faz de nós justamente aquilo de que fugimos e como é que se pode culpar a vida quando somos nós que fazemos as escolhas? Culpar algo ou alguém acaba por ser apenas mais uma maneira de fugirmos à nossa responsabilidade, encontrar razões para os nossos actos é simplesmente mais uma forma de termos desculpas que fundamentem as nossas atitudes
E assim se passa uma vida…
No meio de tudo isto são os sonhos que sonho acordada ou a dormir que ainda me valem, que ainda me agarram à esperança de me encontrar no meio de tanta porcaria que fiz, que faço e que penso. São eles que me hão-de dar o impulso para saltar de dentro desta pessoa que não conheço e não quero ser.