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segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Saudade...




Saudade é passado amado
É amor acabado
É coração abalado

Saudade é lembrança permanente
Interior dormente
É olhar descrente

Saudade é ver partir
Sem querer admitir
Sem poder corrigir

Ter saudade é ter vida
Dentro de nós
É mexer na ferida
É dor atroz


Ter saudade é estar vivo
É lembrar a felicidade
E em ritual alusivo
Invocar a eternidade

Saudade…
É ter passado
Passado amado…

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Vai em frente...


Toda a gente tem medo
Não te deixes levar
Ouve este segredo
Vai onde queres chegar
Renuncia os abismos
Quebra a corrente
Foge de ti
Pessoa incoerente
Encontra te no outro lado
Vai e luta pela voz
Não esqueças que a vida e um fado
E o teu coração uma noz
Não procures o que foi levado
Canta, dança, ri, avança…
Acredita na bonança
Vivifica a esperança
Agarra as rédeas
Segue em frente cavalgando
Com o teu eu palpitando
Encontra teu rumo
Não penses
Não teorizes
Não te arrependas
Mas vive cada segundo
Sem mais porquês nem emendas
Começa de novo
Tanto quanto for preciso
Erra, cai, aprende e apreende
E no instante decisivo
Verás que nada nos transcende
Que a vida não é um ovo
É verdadeiro improviso
Que baixinho nos diz
"Não nasceste pra viver
Mas pra viver e ser feliz…"

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Indecisão...


Pois é, cá estou eu completamente dividida, sem saber o que fazer. Mas nem é de admirar, já que indecisão é o meu nome do meio. As opções são 2:
Opção 1 – Partir durante 1 ano e 7 meses (5 meses em Inglaterra a fazer recolha de fundos, 6 meses na Noruega a receber formação, 6 meses na Índia a fazer voluntariado e 2 meses a elaborar um projecto). Resumidamente a maior experiência que poderei viver na minha vida.
Opção 2 – Ficar exactamente onde estou, e onde passo a maior parte dos meus dias, sentada em frente ao ecrã do meu computador à espera que apareça um disco voador e me leve.
Como é óbvio existem muitas coisas implícitas em cada decisão, que não vou estar a enumerar agora, por razões mais que óbvias…

Preciso de uma luz… (alguém tem fósforos?)

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Sou onde não existo


Procuro por mim
Remexo papéis, letras e tinta
Acordo na vida para ver onde ando
Olho pra dentro e procuro uma voz
Que me responda
Que me faça perceber
Como devo viver?
Só as letras me entendem
Quando os corações não o fazem
Só as letras me mostram o dia
Quando a noite teima em ficar
Só as letras me dão paz
Enquanto o mundo insiste em lutar
Só as letras me trazem a solidão
Aquela em que estando sozinha
Estou mais acompanhada que com os demais
Pois é nesta calma, doce e solitária solidão
Que me encontro, me descubro
E sou!!!


Só as letras me trazem o mais belo perfume
Só as letras fazem ecoar o mais belo cântico
Só as letras me transportam a alma
Até um lugar que é tudo e nada
É a luz de mãos dadas com o escuro
É a tristeza abraçada à felicidade…
É a coragem presa pelo desespero
É a dor impressa na alma gritando e calando a esperança
É a compreensão incompreendida
É o som que se abafa pelos uivos do silêncio desconcertante
É o auto encontro desencontrado
É a vida e a morte
E o intermédio
É o que somos, fomos e seremos
É o amor que nos atraca o coração
Que também quebra as cordas e nos leva para longe
É a loucura e a sensatez
O riso e a lágrima
O frio e o calor
Só as letras me fazem caminhar numa gruta escura
Acreditando que encontrarei a luz…
Permaneço assim
Ilusão que respira
Sendo onde não existo
E existindo onde não sou…

terça-feira, 7 de outubro de 2008


"É melhor atirar-se em luta, em busca de dias melhores, do que permanecer estático como os pobres de espírito, que não lutaram, mas também não venceram. Que não conheceram a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra, não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se diante dele, por simplesmente, haverem passado pela vida."


Bob Marley