A poesia inunda-me as veias e os poros, mas nada sai, as letras não se conjugam, as frases não se formam...A língua do que sinto não é a mesma do que a que falo...nunca foi, nem há-de ser...tento passar o coração para o papel, como outrora o fiz, como tantas vezes o fiz, mas hoje não consigo.
Há um enorme buraco, um precípício, negro e obscuro...a tinta dilui-se no papel, as formas desvanecem-se e ficam apenas manchas...manchas insípidas que se atravessam umas às outras...
Sinto explodir-me por dentro de tantas palavras que gritam e se atropelam mutuamente sem nada dizer...elas pulam dentro de mim, numa frenética desorienação procuram uma saída, rasgando-me a pele...sangro...vermelho vivo...
Hoje não há poema, apenas sangue, vermelho vivo...e gritos mudos...
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sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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2 comentários:
És simplesmente um génio da escrita...não pares de escrever nunca, sou tua fã numero um...
acompanho o q escreves, keep going...
Agradeço cada palavra, cada valor e significado implícito, pois decerto cada uma delas diz muito mais do que aquilo que é.
Agradeço, deixando o meu carinho que é muito mais que obrigada, mesmo sabendo que esta mesma frase já foi escrita noutra ocasião ;)
Meu carinho
Vânia
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