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sexta-feira, 28 de novembro de 2008

(Des)encontro...

Tinhas em ti tantos defeitos e soube de antemão
Que nossos sonhos perfeitos seriam o negro do carvão
Aind’assim segui caminho de uma forma alucinada
Mendigando o teu carinho e embatendo em cada escada

Eras espinho e cetim, chão, parede, pedra e cal
Eras senhor de mim, tempo de brisa e vendaval
Decifraste-me a calma e prometeste-me esplendor
Empenhei a minha alma em troca do teu amor

Era já noite fria quando p’lo vulto percebi alguém
Em gestos e palavras confusas, tentava alertar-me
Sem saber o que queria, penitenciei-a refém

Por já não saber quem era, do meu corpo prescindi
Dei a ela a minha voz, a posse do meu querer
Só mais tarde me vi no espelho e assim a reconheci

2 comentários:

Antónia Ruivo disse...

vim fazer-lhe uma visita, por aqui fiquei algum tempo, adorei tudo o que li. beijinhos
Antónia Ruivo

Pescador de Sonhos disse...

Concordo plenamente com o sr. em baixo...este blog continua uma perdição, pena ser pouco,rs